terça-feira

KATE & LEOPOLD

KATE & LEOPOLD (Kate & Leopold, 2001, Miramax Films, 118min) Direção: James Mangold. Roteiro: James Mangold, Steven Rogers, história de Steven Rogers. Fotografia: Stuart Dryburgh. Montagem: David Brenner. Música: Rolfe Kent. Figurino: Donna Zakowska. Direção de arte/cenários: Mark Friedberg/Stephanie Carroll. Produção executiva: Kerry Orent, Meryl Poster, Bob Weinstein, Harvey Weinstein. Produção: Cathy Konrad. Elenco: Meg Ryan, Hugh Jackman, Liev Schreiber, Breckin Meyer, Natasha Lyonne, Bradley Whitford, Philip Bosco. Estreia: 25/12/01

Indicado ao Oscar de Melhor Canção ("Until")

Filme ideal para aquelas mulheres que reclamam da falta de romantismo e galanteria dos homens contemporâneos, a comédia romântica "Kate & Leopold", protagonizada pela estrela máxima do gênero, Meg Ryan, é uma aula de como conquistar um público ávido por histórias de amor com finais felizes. Em pouco menos de duas horas de duração, o filme de James Mangold usa e abusa de clichês, mas o faz com tanto carinho, bom humor e leveza que é difícil deixar de gostar.

O cientista Stuart (vivido com graça pelo prestigiado Liev Schreiber) descobre um rasgo no tempo que o permite visitar a Nova York de 1876. Na apressada volta para 2001 ele acaba, por acidente, ganhando a companhia de Leopold (Hugh Jackman, perfeito), um duque falido que está sendo pressionado por seu tio a fazer um bom casamento. Em choque com as diferenças culturais e sociais de duas épocas completamente distintas, o gentil e cavalheiro Leopold acaba conquistado pela ex-namorada de Stuart, a executiva Kate McKay (Meg Ryan), que, desiludida com a espécie masculina em geral, demora a perceber que também está apaixonada pelo galante duque, que, de quebra, ajuda o irmão da moça, o aspirante a ator Charlie (Breckin Meyer) a mudar suas atitudes para seduzir uma colega.



O roteiro do diretor Mangold - exercitando um estilo diferente do dramalhão que apresentou em "Garota, interrompida" - escrito em parceria com Steven Rogers não tenta explicar como funciona as viagens no tempo que são cruciais para o início da trama, deixando que a bela e delicada história de amor entre os protagonistas comande o espetáculo. Ao optar por centrar seus esforços na dupla de atores, o cineasta marca um gol de placa. Enquanto Ryan continua utilizando seu arsenal de caras e bocas que a fizeram a preferida entre o público cativo das comédias românticas, é o astro Hugh Jackman quem rouba todas as cenas. Distante anos-luz de seu personagem mais conhecido, o furioso Wolverine de "X-Men", o ator australiano demonstra um timing cômico perfeito, além de ter o tipo físico ideal para encarnar o sedutor Leopold. Juntos, ele e Meg formam um casal adorável, o que torna a experiência de assistir a "Kate & Leopold" deliciosa.

E dá pra não simpatizar com um filme que homenageia, ainda que de leve, o clássico "Bonequinha de luxo"?

PS - Reparem na ponta da atriz Viola Davis (indicada ao Oscar de coadjuvante por "Dúvida") como a policial que aborda Leopold em seu primeiro passeio pelas ruas da Nova York de 2001.

2 comentários:

renatocinema disse...

Eu gosto de comédia romântica bem nesse estilo.

Light, despretensioso e saboroso.

Gostei do filme.

Cristiano Contreiras disse...

Eu gosto desse filme, sei que não é uma obra extrema perfeita, mas agrada. Tenho até o dvd. Jackman sempre cativante e charmoso. Abs

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