quarta-feira

CORRA QUE A POLÍCIA VEM AÍ


CORRA QUE A POLÍCIA VEM AÍ (The naked gun, 1988, Paramount Pictures, 85min) Direção: David Zucker. Roteiro: Jerry Zucker, David Zucker, Jim Abrahams, Pat Proft. Fotografia: Robert Stevens. Montagem: Michael Jablow. Música: Ira Newborn. Figurino: Mary E. Vogt. Direção de arte/cenários: John J. Lloyd/Rick T. Gentz. Casting: Pamela Basker, Fern Champion. Produção executiva: Jerry Zucker, David Zucker, Jim Abrahams. Produção: Robert K. Weiss. Elenco: Leslie Nielsen, Priscilla Presley, Ricardo Montalban, George Kennedy, O.J. Simpson. Estreia: 02/12/88

Tudo bem que comédias inteligentes, com roteiros repletos de diálogos irônicos e humor sutil fazem a glória do gênero, como bem o sabem fãs de gente como Billy Wilder e Woody Allen. Mas nada como uma grandiosa bobagem para que o público esqueça por uma hora e meia o cérebro e gargalhe à vontade. E é exatamente esse o objetivo de “Corra que a polícia vem aí”, um dos filmes mais engraçados da história do cinema.

Tendo como base a série de TV “Esquadrão de Polícia”, que não vingou nos EUA, o trio ZAZ (responsável também pelos hilários “Apertem os cintos, o piloto sumiu” e “Top secret”) criou uma sucessão de piadas infames, normalmente visuais mas também verbais (o que a tradução por vezes acaba perdendo). O herói (se é que pode ser chamado assim) é o Tenente Frank Drebin (um impagável Leslie Nielsen, no papel de sua vida), que recebe a missão de proteger a Rainha Elizabeth da Inglaterra quando ela chega aos EUA. O que talvez parecesse razoavelmente fácil torna-se complicado quando Drebin descobre um plano para assassinar a monarca durante uma partida de beisebol. Para piorar o policial se apaixona por Jane (Priscilla Presley, a viúva de Elvis, rejuvenescida e igualmente hilária), namorada do mentor do plano (Ricardo Montalban, da “Ilha da Fantasia”).


Em menos de hora e meia de filme, o diretor David Zucker consegue destruir dezenas de clichês que povoam os filmes policiais americanos, mal dando tempo para o público se recuperar de uma gargalhada e logo partindo para outra piada. São tantas bobagens acontencendo, às vezes ao mesmo tempo, que fica difícil sacar todas, o que faz a experiência de rever o filme tão divertida quanto assistí-lo pela primeira vez. Engraçado como poucos, “Corra que a polícia vem aí” é imperdível para quem deseja relaxar e dar boas risadas. E, pro bem e pro mal, marcou indelevelmente a carreira de Leslie Nielsen.

2 comentários:

pseudo-autor disse...

Até hoje tem gente tentando fazer algo perto do que o Zucker fazia, e não consegue. Corra que a polícia vem aí é eterno. Como esquecer de Frank Drebin nas sessões da Tarde quando a Globo era emissora e não esse lixo que está aí hoje.

Cultura na web:
http://culturaexmachina.blogspot.com

Rodrigo Mendes disse...

Quando eu assisti 'O Destino do Poseidon' fiquei boqueaberto ao saber que Leslie Nielsen fez um papel sério.

Rs!

Mas não há outra coisa que ele saiba fazer melhor do que comédia pastelão.
Um clássico mega divertido. Também adoro a viúva do Elvis Presley nesta série. Na verdade gosto tanto dela que coloquei o nome Priscilla na minha gata de estimação, rs!

Adoro o trio ZAZ e na mesma categoria: Mel Brooks e Blake Edwards.

Abraços
Rodrigo

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