O EFEITO BORBOLETA (The butterfly effect, 2004, New Line Cinema, 113min) Direção e roteiro: Eric Bress, J. Mackye Gruber. Fotografia: Matthew F. Leonetti. Montagem: Peter Amundson. Música: Michael Suby. Figurino: Carla Hetland. Direção de arte/cenários: Douglas Higgins/Sam Higgins. Produção executiva: Cale Boyter, Richard Brener, Toby Emmerich, Jason Goldberg, David Krintzman, Ashton Kutcher, William Shively. Produção: Chris Bender, A.J. Dix, Anthony Rhulen. Elenco: Ashton Kutcher, Amy Smart, Melora Walters, Eric Stoltz, Elden Henson, William Lee Scott, John Patrick Amedori, Cameron Bright. Estreia: 23/01/04
Nada como um filme despretensioso, sem maiores objetivos senão divertir a audiência por um bom par de horas com uma história atraente e intrigante! Sem fazer muito alarde de suas – muitas – qualidades, “O efeito borboleta” acabou sendo um inesperado sucesso de bilheteria, gerando inclusive desnecessárias continuações. Se os capítulos seguintes da franquia não merecem nem mesmo uma espiada de canto de olho, o produto original deve ser conferido pelo menos graças ao roteiro repleto de reviravoltas inesperadas e angustiantes.
Liderando o elenco do filme está o então marido de Demi Moore, o jovem Ashton Kutcher, surpreendendo com uma atuação nervosa e competente. Ele vive o jovem Evan, um rapaz que sofre de lapsos mentais que o impedem de lembrar de horas inteiras de sua vida. Fazendo a faculdade de psicologia, ele tenta entender seu problema, em especial porque sabe que seu pai foi internado em uma instituição por, segundo ele, ter tentado descobrir uma maneira de voltar ao passado para consertar erros cometidos. Acidentalmente, no entanto, Evan consegue voltar no tempo e, ao descobrir os motivos que o levaram a apagar momentos traumáticos de sua infância e adolescência, resolve salvar o amor de sua vida, a frágil Kayleigh (Amy Smart), de um destino trágico e infeliz. Como se fosse uma ironia do destino, a cada vez que o rapaz conserta uma situação desagradável cria uma outra ainda pior para outras pessoas a seu redor.
O que talvez mais funcione no roteiro de “O efeito borboleta” é o fato de criar situações trágicas que não poupam nenhum dos personagens, estejam eles na fase que estiverem. Crianças, adolescentes ou jovens adultos, Evan e seus amigos não são tratados com condescência na história contada com criatividade e energia pela dupla de diretores, que nunca deixam que o público adivinhe o próximo problema a ser resolvido por seu carismático protagonista, interpretado com gosto por Kutcher, que também assume o papel de produtor executivo - depois de ter assumido o papel oferecido a Josh Hartnett, Sean William Scott e Joshua Jackson.
Prendendo a atenção desde seu início já adrenalínico até o melancólico final ao som da bela “Stop crying your heart out” da banda Oásis, “O efeito borboleta” é uma grata surpresa para os fãs da suspense.
Filmes, filmes e mais filmes. De todos os gêneros, países, épocas e níveis de qualidade. Afinal, a sétima arte não tem esse nome à toa.
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