4 indicações ao Oscar: Atriz (Michelle Pfeiffer), Fotografia, Montagem, Trilha Sonora
Golden Globe de Melhor Atriz Comédia/Musical (Michelle Pfeiffer)
Susie Diamond é linda, sexy, charmosa e talentosa. Também é agressiva, um tanto vulgar e defende suas ideias com unhas e dentes. Ao assumir o posto de cantora para incrementar o dueto formado pelos Fabulosos Baker Boys - dois irmãos pianistas que tocam juntos desde a infância - ela não apenas aumenta a frequência dos shows e consequentemente os cachês, mas também faz com que eles percebam claramente o quanto eles prostituíram o próprio talento. Quando se envolve com o caçula dos irmãos, Jack (Jeff Brigdes), no entanto, é que os problemas realmente começam.
Vivida com garra, beleza e uma alta dose de sex-appeal por uma Michelle Pfeiffer em vias de fincar de vez os pés no imaginário fetichista masculino como a Mulher-Gato de Tim Burton (feito 3 anos depois), Susie Diamond é o anjo da discórdia em "Susie e os Baker Boys", escrito e dirigido por Steve Kloves, que nunca mais fez nada de marcante na carreira (exceto escrever alguns roteiros da série "Harry Potter"). Em "Susie" ele conta sua história de forma elegante e sucinta, ainda que um tanto repleta de clichês - Jack, por exemplo, é um solitário cuja melhor amiga é a filha pré-adolescente de uma vizinha, que o vê como um pai e seu irmão Frank (Beau Bridges, irmão de Jeff na vida real, obviamente) abandonou todos os sonhos de grandeza e sucesso para sustentar a família, o que para ele já bom o bastante. No meio dessas duas vidas estagnadas e quase tediosas, Susie tem o poder de sacudí-las, usando para isso a amargura que acumulou em seus anos como call-girl e a sensualidade de uma mulher que conhece o poder que tem sobre os homens. E para os marmanjos não faltam oportunidades para conferir que Pfeiffer, além de boa atriz também é extremamente linda.
Premiado com o Oscar de melhor ator este ano, por "Coração louco", Bridges entrega aqui uma de suas atuações mais furiosas. Sua personagem é similar à interpretada por ele no filme que lhe deu o prêmio, mas Jack Baker não tem tanta certeza sobre os rumos a tomar na vida nem mesmo quando se envolve com Susie, e foge de seus momentos de isolamento mental tocando lindamente em espeluncas de quinta categoria. Em "Coração louco" ele já foi alguém. Em "Susie" ele deseja (ou não) sê-lo. Em ambos os trabalhos, Bridges mostra porque é um dos grandes atores americanos. Pfeiffer é o corpo do filme. Briges é a alma.
2 comentários:
Essa Michelle
!!
A começar pelo nome .....Que mulher ..a mias linda de todas !
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