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CORRA QUE A POLÍCIA VEM AÍ 2 1/2

CORRA QUE A POLÍCIA VEM AÍ 2 1/2 (The naked gun 2 1/2: the smell of fear, 1991, Paramount Pictures, 85min) Direção: David Zucker. Roteiro: David Zucker, Pat Profit. Fotografia: Robert Stevens. Montagem: Chris Greenbury, James Symons. Música: Ira Newborn. Figurino: Taryn Dechellis. Direção de arte/cenários: John J. Lloyd/Mickey S. Michaels. Casting: Mindy Marin. Produção executiva: Jim Abrahams, Gil Netter, Jerry Zucker. Produção: Robert K. Weiss. Elenco: Leslie Nielsen, Priscilla Presley, George Kennedy, O.J. Simpson. Estreia: 28/6/91

O sucesso de "Corra que a polícia vem aí", em 1988, provou aos estúdios de Hollywood que o público precisava rir. Não em comédias intelectuais e sofisticadas como as de Woody Allen e nem tampouco em bobagens adolescentes com temática puramente sexual como as da série "Porky's". O público queria rir sem pensar muito e aprovou com louvor o filme de David Zucker. Uma continuação, portanto, era só questão de tempo. E o tempo passou, fazendo com que Zucker entregasse o segundo capítulo das desventuras do atrapalhado Tenente Frank Drebin (vivido com propriedade pelo sempre hilário Leslie Nielsen).

Enquanto no primeiro capítulo Drebin deitava e rolava enquanto tentava impedir um atentado contra a Rainha Elizabeth, dessa vez ele precisa lidar com uma ameaça contra o meio-ambiente. Tentando superar a separação da mulher que ama, Jane (Priscilla Presley, com o timing cômico intocado), ele descobre que os líderes que detem os domínios sobre a distribuição de energia nos EUA tem um plano de sequestrar um cientista que pretende mudar as regras do jogo e substituí-lo por um sósia. Ao lado dos colegas de equipe, o capitão Ed Hocken (George Kennedy) e o detetive Nordberg (O.J. Simpson), Drebin fica sabendo ainda que o mentor do plano, o empresário Quentin Hapsburg (Robert Goulet) é o novo namorado de Jane, o que o incentiva ainda mais a acabar com o plano maligno.



Assim como acontecia no primeiro filme, a história é apenas um pretexto para que Leslie Nielsen desfile pela tela com sua aparência mais tranquila, enquanto causa atrocidades sem dar-se conta disso. Um exemplo claro é a sequência inicial, em que espanca a então primeira-dama Barbara Bush durante um jantar cerimonioso - em que até uma batata vai parar no turbante de Winnie Mandela. Sim, não há limites para o humor de Zucker e companhia, que são capazes de provocar risadas com piadas inteligentes e com gags visuais que beiram o infame. Mais uma vez são tantos os detalhes nonsense em cada cena que é preciso ter uma atenção redobrada para não deixar escapar nada.


"Corra que a polícia vem aí 2 1/2" é mais do mesmo, sim. Mas é engraçadíssimo ainda assim, reiterando o poder criativo de seus autores e o talento inegável de Leslie Nielsen no papel mais marcante de sua carreira. Para ver e dar muitas gargalhadas sempre.

4 comentários:

renatocinema disse...

Comédia não é meu gênero predileto. Mas, os primeiros da saga "Corra que a Policia Vem Ai" realmente são engraçados.
Valem a pena.

pseudo-autor disse...

Clássico! Pena que depois esse gênero se desgastou com produções ridículas.

Cultura na web:
http://culturaexmachina.blogspot.com

Hugo disse...

Os Irmãos Zucker e Jim Abrahams praticamente criaram este gênero de paródias demolidoras.

Esta "trilogia" de David Zucker é o último momento de graça do gênero, que em seguida se transformou em algo ridículo, com piadas forçadas ao extremo.

O sensacional Leslie Nielsen acabou preso ao esquema e sempre aparece em alguma comédia idiota que copia a fórmula criada pelo trio.

Abraço

! Marcelo Cândido ! disse...

bons tempos
!!

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