Os produtores de "Pecado original" seguraram seu lançamento nos cinemas com a intenção de aproveitar o sucesso que o filme "Tomb Raider" - estrelado pela mesma Angelina Jolie - prometia fazer. A estratégia não deu exatamente certo. As aventuras de Lara Croft até que renderam uma grana suficiente para garantir uma sequência, mas o romance erótico estrelado por Jolie e Antonio Banderas mal fez cócegas nas bilheterias americanas. Talvez culpa do clima de filme B da obra, talvez culpa da direção anódina de Michael Cristofer, também autor do filme que catapultou Angelina para a fama, o elogiado "Gia, fama e destruição".
Baseado no conto "Waltz into darkness", de Cornell Woolrich - que também escreveu o conto que deu origem à "Janela indiscreta", de Hitchcock - "Pecado original" (cujo título foi modificado para que a audiência não o confundisse com o musical "Dançando no escuro", de Lars Von Trier, lançado à mesma época) se passa em uma Cuba pré-revolução, quando o milionário do café Luis Vargas (Antonio Banderas, surpreendentemente controlado) arruma, nos EUA, uma noiva por correspondência. Quem chega a seu país é a belíssima e misteriosa Julia Russell (Angelina Jolie, linda e magérrima). Depois de cair de amores por sua esposa, Vargas descobre que foi vítima de um golpe entre a moça e um amante misterioso. Contando com a ajuda de Walter Downs (Thomas Jane), um detetive particular, ele parte em seu encalço, com o objetivo dúbio de matar-lhe ou mais uma vez cair em seus encantos.
Na verdade, "Pecado original" não é nem melhor nem pior que inúmeros exemplares do gênero "mulher fatal seduz homem carente". O roteiro, escrito pelo próprio diretor, tem ritmo razoável, que permite surpresas nas horas certas e muitas e ousadas cenas de sexo, que exploram a beleza do casal central (aliás, desde sua parceria com Pedro Almodovar o espanhol Banderas não se permitia tanta exposição física). O problema do filme é realmente seu visual pobre. Nada contra retratar uma Cuba cinza, úmida e sem o calor que normalmente é mostrado em produções mais comerciais, mas o filme de Cristofer não consegue apagar a impressão de ser extremamente barato e mal-cuidado em termos visuais - e isso que a fotografia é de Rodrigo Prieto, que em poucos anos se mostraria um competente artesão em filmes como "O segredo de Brokeback Mountain" e "Diários de motocicleta".
Repleto de cenas quentes - que muitas vezes tentam compensar a fragilidade de algumas situações e a falta de uma trama mais consistente - "Pecado original" não chega a ser um bom filme, ainda que seja plenamente assistível. Ao final de sua projeção resta apenas a lembrança de seus momentos altamente eróticos e da beleza estonteante de Angelina Jolie. E isso, convenhamos, é muito pouco!
Baseado no conto "Waltz into darkness", de Cornell Woolrich - que também escreveu o conto que deu origem à "Janela indiscreta", de Hitchcock - "Pecado original" (cujo título foi modificado para que a audiência não o confundisse com o musical "Dançando no escuro", de Lars Von Trier, lançado à mesma época) se passa em uma Cuba pré-revolução, quando o milionário do café Luis Vargas (Antonio Banderas, surpreendentemente controlado) arruma, nos EUA, uma noiva por correspondência. Quem chega a seu país é a belíssima e misteriosa Julia Russell (Angelina Jolie, linda e magérrima). Depois de cair de amores por sua esposa, Vargas descobre que foi vítima de um golpe entre a moça e um amante misterioso. Contando com a ajuda de Walter Downs (Thomas Jane), um detetive particular, ele parte em seu encalço, com o objetivo dúbio de matar-lhe ou mais uma vez cair em seus encantos.
Na verdade, "Pecado original" não é nem melhor nem pior que inúmeros exemplares do gênero "mulher fatal seduz homem carente". O roteiro, escrito pelo próprio diretor, tem ritmo razoável, que permite surpresas nas horas certas e muitas e ousadas cenas de sexo, que exploram a beleza do casal central (aliás, desde sua parceria com Pedro Almodovar o espanhol Banderas não se permitia tanta exposição física). O problema do filme é realmente seu visual pobre. Nada contra retratar uma Cuba cinza, úmida e sem o calor que normalmente é mostrado em produções mais comerciais, mas o filme de Cristofer não consegue apagar a impressão de ser extremamente barato e mal-cuidado em termos visuais - e isso que a fotografia é de Rodrigo Prieto, que em poucos anos se mostraria um competente artesão em filmes como "O segredo de Brokeback Mountain" e "Diários de motocicleta".
Repleto de cenas quentes - que muitas vezes tentam compensar a fragilidade de algumas situações e a falta de uma trama mais consistente - "Pecado original" não chega a ser um bom filme, ainda que seja plenamente assistível. Ao final de sua projeção resta apenas a lembrança de seus momentos altamente eróticos e da beleza estonteante de Angelina Jolie. E isso, convenhamos, é muito pouco!
Um comentário:
Quero ver esse filme. Mas, sempre deixo para depois.
Vou tentar assistir.
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