Indicado ao Oscar de Melhor Atriz (Diane Lane)
Em 1986 o cineasta inglês Adrian Lyne inspirou centenas de casais mundo afora com as tórridas fantasias retratadas no cult "9 1/2 semanas de amor". No ano seguinte, apavorou homens casados e foi indicado ao Oscar por "Atração fatal" e em 1993 aproveitou o auge da beleza de Demi Moore para provocar polêmica com "Proposta indecente". Utilizando mais uma vez seus ingredientes "infalíveis" ele voltou à a baila com "Infidelidade", que mistura a sensualidade de "9 1/2" com a temática adulta de "Atração" e a controvérsia de "Proposta". O resultado é um filme que não se decide entre o drama, o erotismo e o suspense e que tem como maior trunfo a atuação irrepreensível de Diane Lane.
Lane mereceu uma surpreendente indicação ao Oscar por seu trabalho como Connie Sumner, uma dona-de-casa que leva uma vida tranquila e sem maiores sobressaltos em um subúrbio de Nova York, ao lado do marido, Edward (Richard Gere no atípico papel de marido sem sex-appeal) e do filho pequeno. Em uma tarde como outra qualquer em Manhattan, durante uma ventania ela esbarra no sexy Paul Martel (o inexpressivo francês Olivier Martinez), um comerciante de livros usados e vai pra casa dele cuidar de um ferimento no joelho. Intrigada com o rapaz, logo ela passa a encontrar-se regularmente com ele, iniciando um quente e passional relacionamento extra-conjugal. Em breve a relação começa a atrapalhar a rotina de Connie e despertar a suspeita do marido, que, desconfiado, contrata um detetive para seguir a mulher. Quando a verdade vem à tona, uma tragédia transforma a vida de todos.
Lane mereceu uma surpreendente indicação ao Oscar por seu trabalho como Connie Sumner, uma dona-de-casa que leva uma vida tranquila e sem maiores sobressaltos em um subúrbio de Nova York, ao lado do marido, Edward (Richard Gere no atípico papel de marido sem sex-appeal) e do filho pequeno. Em uma tarde como outra qualquer em Manhattan, durante uma ventania ela esbarra no sexy Paul Martel (o inexpressivo francês Olivier Martinez), um comerciante de livros usados e vai pra casa dele cuidar de um ferimento no joelho. Intrigada com o rapaz, logo ela passa a encontrar-se regularmente com ele, iniciando um quente e passional relacionamento extra-conjugal. Em breve a relação começa a atrapalhar a rotina de Connie e despertar a suspeita do marido, que, desconfiado, contrata um detetive para seguir a mulher. Quando a verdade vem à tona, uma tragédia transforma a vida de todos.
O problema maior de "Infidelidade" é justamente sua falta de foco. O que parecia um drama familiar - casal sendo obrigado a lidar com a falta de novidades e uma traição - logo transforma-se em um romance com um erotismo tórrido e de bom gosto - marca registrada do diretor - e, no terço final, vira um filme de suspense de pouco alcance, que ainda consegue decepcionar com mais uma conclusão decepcionante e ambígua, que enfraquece o conjunto (e isso vindo do homem que não teve medo de fazer Glenn Close cozinhar um coelhinho de estimação!) Se tivesse se concentrado em qualquer uma das vertentes que a história - baseada em um filme de Claude Chabrol - oferece, Lyne com certeza teria tido mais sucesso, principalmente porque daria a seu elenco personagens menos unidimensionais e um tanto inverossímeis.
Mas para não dizer que não falei das flores, nem tudo é fraco em "Infidelidade". Como já foi dito, as cenas de sexo entre Diane Lane e Olivier Martinez são fotografadas com maestria por Peter Biziou - vencedor de um Oscar por "Mississipi em chamas" - e o clima de tensão que permeia o filme são realmente competentes. Mas é a presença luminosa de Lane que definitivamente salva a obra de Adrian Lyne da vala dos dramas corriqueiros que infestam as sessões de sábado à noite na televisão. Madura e bonita como nunca, ele consegue transmitir toda a gama de emoções que o roteiro limitado lhe proporciona (um exemplo claro dessa afirmação é a cena em que, em um trem, ela relembra o primeiro encontro sexual com o amante, uma cena filmada em um único take e que é suficiente para deixar claros os sentimentos da personagem). Apesar de todos os problemas do filme, ela vale cada minuto de projeção, em uma interpretação que lhe colocou entre os grandes nomes de sua geração.
Mas para não dizer que não falei das flores, nem tudo é fraco em "Infidelidade". Como já foi dito, as cenas de sexo entre Diane Lane e Olivier Martinez são fotografadas com maestria por Peter Biziou - vencedor de um Oscar por "Mississipi em chamas" - e o clima de tensão que permeia o filme são realmente competentes. Mas é a presença luminosa de Lane que definitivamente salva a obra de Adrian Lyne da vala dos dramas corriqueiros que infestam as sessões de sábado à noite na televisão. Madura e bonita como nunca, ele consegue transmitir toda a gama de emoções que o roteiro limitado lhe proporciona (um exemplo claro dessa afirmação é a cena em que, em um trem, ela relembra o primeiro encontro sexual com o amante, uma cena filmada em um único take e que é suficiente para deixar claros os sentimentos da personagem). Apesar de todos os problemas do filme, ela vale cada minuto de projeção, em uma interpretação que lhe colocou entre os grandes nomes de sua geração.
2 comentários:
Já vi "Infidelidade" umas cinco vezes. Sempre com o mesmo interesse. Olivier Martinez está uma tentação e Diane Lane, perfeita como a mulher adúltera, ainda mais quando o remorso toma conta da personagem. O apartamento do amante, que mais parece um galpão cheio de livros, dá um clima todo especial às cenas de sexo entre Connie e Paul, pelo menos pra mim. É um cenário atípico, com uma aura um tanto erótica, que me agrada bastante. Transar em uma biblioteca deve ser algo interessante. =P
Não me lembro muito, mas lembro que sempre via na televisão por conta das cenas de sexo, rs
É um bom filme. Tá aí, preciso rever =)
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