Richard LaGravanese tem em seu currículo de roteirista algumas pérolas do cinema americano, como "O pescador de ilusões" (pelo qual concorreu ao Oscar) e "As pontes de Madison", que levou multidões às lagrimas. Como cineasta, porém, não teve a mesma sorte, apesar das qualidades de seu "Escritores da liberdade", estrelado por Hilary Swank, seu filme mais relevante. E é justamente Swank, do alto de seu prestígio como vencedora de 2 estatuetas da Academia a protagonista daquele que acabou tornando-se seu maior sucesso como diretor. Romântico e melancólico, "P.S. Eu te amo", adaptado bastante livremente do livro de Cecelia Aihern é a prova de que nem só de mocinhas fortes vive a carreira da atriz. Mesmo que bem distante de seus melhores momentos, Swank lidera o elenco com desenvoltura e convence como uma jovem viúva que tenta superar a morte do marido com a ajuda dele mesmo.
A primeira - e longa - sequência do filme apresenta o casal formado por Holly (vivida por uma Swank mais frágil e feminina do que até então) e Gerry (Gerard Butler). Apaixonados, eles almejam uma vida melhor, um apartamento maior e um futuro onde terão filhos e dinheiro sobrando. O futuro, porém, não chega. Gerry morre de um tumor no cérebro, deixando Holly arrasada. Com dificuldades de seguir sua vida, porém, ela se surpreende quando, no dia de seu aniversário, recebe uma carta de Gerry, incentivando-a a sacudir a poeira, dar a volta por cima e recomeçar. A partir daí, ela passa a receber constante correspondência do marido - que chega até ela de forma misteriosa - e redescobre os prazeres da vida e o amor, que pode estar tanto com o tímido Daniel (Harry Connick Jr.), ajudante de sua mãe, ou com o sedutor William (Jeffrey Dean Morgan), um músico irlandês que, por coincidência, era amigo de Gerry.
Para os fãs do cinema romântico americano "P.S. Eu te amo" é um prato cheio. Apesar de mergulhar em alguns dos clichês mais batidos do gênero, conta uma história que prende a atenção até o final e conta com um elenco acima da média. Não muda a vida de ninguém, mas pode despertar muitas lágrimas.
Um comentário:
ChatéEEEEEErrimo
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