Vencedor de 4 Oscar: Montagem, Som, Efeitos Sonoros, Efeitos Visuais
Quando “Matrix” estreou, em março de 1999 nada se sabia sobre seus diretores (os misteriosos Irmãos Wachowski) nem tampouco havia muita clareza sobre o assunto do filme em si. Depois de sua estreia – e de uma renda de mais de 170 milhões só nos cinemas americanos – a obra estrelada por Keanu Reeves virou mania, marco inicial de uma trilogia e uma das ficções científicas mais bem-sucedidas da história do cinema. Isso sem mencionar o status de cult que adquiriu, ao misturar em seu roteiro extraordinárias cenas de ação com efeitos visuais de cair o queixo (merecidamente premiados com o Oscar da categoria) e uma história com toques de filosofia, destino e críticas não muito veladas à sociedade de sua época e ao conformismo em geral.
Keanu Reeves, no papel da sua vida, vive Neo, um trabalhador burocrático durante o dia e um hacker talentosíssimo à noite, que é procurado por um misterioso grupo liderado pelo sinistro Morpheus (Laurence Fishburne, excelente) para assumir seu lugar como o líder escolhido para lutar contra a Matrix, que mantém o povo como escravo, vivendo das aparências de um passado menos opressor e depressivo. Para isso, Neo precisa lutar contra um exército comandado pelo temível Agente Smith (Hugo Weaving) e conta com a ajuda da bela Trinity (Carrie-Anne Moss), por quem se apaixona.
A trama de “Matrix” é complicada, mesmo, especialmente contada sem as imagens espetaculares criadas pelos cineastas, que contam com a ajuda da fotografia estilosa de Bill Pope, o figurino de Kym Barrett (que virou moda) e os efeitos visuais, surpreendentes e copiados à exaustão após seu sucesso. No entanto, depois que o filme acaba, deixando o público salivando por mais produtos com sua qualidade e inteligência, o que fica na cabeça da plateia não são as ruidosas cenas de destruição nem o visual que enche os olhos. O que diferencia “Matrix” das dezenas de congêneres é a profundidade que seus criadores foram capazes de inserir em meio aos tiroteios e às piruetas que abundam em suas duas horas de duração.
Muito se discutiu à sua época a trama bem construída pelos irmãos roteiristas - que incluía uma complexa teoria de que o mundo em que vivemos é apenas uma ilusão criada por um governo ditatorial e violento. Ao contrário do que dizia José Wilker - que como crítico de cinema é um ator apenas razoável - o filme não conta a história de um homem que aprende a lutar karatê rapidamente. É um filme de inteligência rara e de qualidade técnica invejável, que deu ao normalmente fraco Keanu Reeves a chance (mais uma) de tornar-se um ícone do cinema de ação. Ao lado de Laurence Fishburne e Carrie-Anne Moss, Reeves estampou as principais publicações do gênero e voltou a ser (cinco anos após "Velocidade máxima") uma aposta quente para os executivos dos estúdios hollywoodianos. Como ator não é dos melhores, mas funciona muito bem em filmes como "Matrix".
"Matrix" originou ainda mais dois filmes que deram continuidade à sua história e que, apesar do sucesso de bilheteria não atingiram a qualidade e originalidade de seu primeiro capítulo. Mais uma vez a vontade de ganhar dinheiro foi mais forte do que a de manter a integridade artística. Uma pena.
2 comentários:
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Preciso rever esse filme. Na época em que estreou só me lembro que achei um tanto complicado....
abraços
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